domingo, 3 de fevereiro de 2019

Hino à vida - Brigitte Champetier de Ribes




Hino à vida

SIM a tudo como é e a todos como são.
Graças a tudo como é e a todos como são.
Eu aprecio minha vida como é, eu me permito ser como sou,
Eu aprecio a abundância que me rodeia,
Eu tomo tudo o que vem para mim como uma oportunidade para mais amor,
Eu me rendo ao que eu não entendo.
Eu quero todos como eles são,
Mesmo para aqueles que me dão medo, raiva ou repulsa.
Naqueles que me machucaram, eu me reconheço.
O dano que eu fiz, eu assumo e eu conserto isto.
Do meu lugar, nem mais nem menos,
Eu respeito as hierarquias, honro o que é antes de mim,
Eu honro o universo, a natureza, a planta ou o animal, eu honro meus mais velhos.
Eu me rendo ao final, ao novo, ao novo.
Empurrada pelos agradecimentos incondicionais aos meus pais e ao meu ambiente,
Devolvo o que recebi com o serviço aos outros.
Consciente da minha imperfeição, minha grandeza e minha responsabilidade,
Aqui agora
Eu assumo minha vida e me rendo ao amor.
Eu escolho alegria.

O hino à vida em "Start to Constellate", Brigitte Champetier de Ribes, pp. 44-45, 2010. 
Revisado em junho de 2016 e agosto de 2017.














CONSTELAÇÃO FAMILIAR






O essencial das Novas Constelações

Toda terapia é a ferramenta correspondente a um pensamento e, conforme evolui este pensamento, vai evoluindo a ferramenta.
A atitude de fundo que moveu Hellinger no início, e durante 20 anos, foi a do psicoterapeuta todo-poderoso. Depois, ele começou a se entregar ao movimento da alma e, posteriormente, ao movimento do espírito. A partir deste momento já haviam nascido as Novas Constelações, que Hellinger chamou, então, de Constelações do Espírito, no lugar de Constelações Familiares.
A conexão com a vida e com algo maior se tornou cada vez mais prioritária, até que Hellinger entendeu que, quem movia os representantes e produzia a cura, era o movimento do espirito e não a técnica do constelador.
O elemento essencial da constelação foi, a partir de então, a conexão ou sintonia do constela- dor, cujo papel principal passa a ser centrar e conectar o grupo, os representantes e os de- mandantes de uma constelação.
Centrar a todos, aproximá-los do assentimento incondicional a tudo e a todos, do agradeci- mento e do respeito incondicionais a tudo e a todos, é a primeira tarefa do constelador.
Portanto, nas Novas Constelações o constelador se retira, deixando atuar outras forças. Ele continua tendo toda a responsabilidade pelo trabalho: seu centramento e sua conexão com outro nível de consciência lhe permite receber a informação do que o campo precisa para a cura dessa pessoa. Em segundo lugar – além da conexão –, seus conhecimentos sistémicos lhe permitirão compreender e dar forma à informação recebida.
Na constelação haverá, então, dois planos presentes simultaneamente: o da realidade presente com o constelador e o cliente, o qual poderá, sob a direção do constelador, fazer ou dizer algo; e outro nível atemporal e não localizado, no qual se movem os representantes impulsionados pela energia de cura.
Nas Novas Constelações vemos que o movimento do espirito é a energia de cura presente no próprio cliente. O constelador somente coloca o cliente em contato com sua força de cura. E essa energia de cura se desdobra quando a pessoa se sintoniza com a vida como ela é, ressonando no campo todo, transformando o passado e curando os ancestrais.
Simultaneamente com o constelador e o cliente, o terceiro ator das Novas Constelações é o grupo. Graças a movimentos fenomenológicos e meditações, cada possível representante deve estar totalmente centrado e entregue ao serviço da vida. O grupo inteiro forma o campo da constelação e a energia toma esse grupo a serviço do cliente e do seu sistema. As forças de cura irão agir, se o constelador abandonar seu controle. Várias pessoas do grupo vão se sentir tomadas pela energia de "representante", sem saber a quem representam. Apenas se sentem impulsionadas a se levantar e participar na constelação.
A representação nas Novas Constelações exige um silêncio interno total, se deixando mover sem intenção, sem emoção e sem hábito. É uma verdadeira meditação ativa: abertura silenciosa a uma energia superior.
E essa energia superior é o movimento de cura que irá levar a uma nova possibilidade com uma solução boa para todos, absolutamente impossível de ser imaginada pelo constelador ou pelo cliente.
Como diz Hellinger, uma terapia se mede pela sua eficácia; e aí está a eficácia surpreendente das Novas Constelações...

Brigitte Champetier de Ribes
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