sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

ALIMENTAÇÃO VIVA







A Alimentação Viva consiste em uma dieta vegetal, variada e viva.
Os alimentos crus são ricos em enzimas, os incassáveis trabalhadores que levam os nutrientes às nossas células acelerando o processo metabólico. Segundo a teoria crudívora, ao elevarmos a temperatura dos alimentos à 40°C, mais ou menos, destruimos as enzimas, dificultando o processo digestivo do corpo fazendo-nos gastar as nossas reservas. Há ainda muitos nutrientes que são facilmente reduzidos ou anulados quando expostos à alta temperatura.
De acordo com o nutrólogo Eric Slywitch da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), não existe nenhuma comprovação de que as enzimas dos alimentos ajudem na digestão.
Segundo o Dr. Edward Howell (um dos principais e o primeiro pesquisador das enzimas), a falta de enzimas na comida cozida é ainda uma das maiores razões do envelhecimento e morte precoce.
Para o jornalista investigativo Philip Day, quando você ingere a comida cozida, o sistema imunológico reage como se ela fosse uma toxina. O corpo atravessa um processo chamado leucocitose digestiva que começa a produzir ação das células brancas contra a comida cozida que você ingeriu. Presumidamente porque o processo de cozimento mudou a estrutura do alimento, de maneira que o corpo não pode reconhecer e passa a tratar a comida como toxina.
Não é uma coisa boa pro corpo fazer com a comida que você espera te alimentar.
Havia um médico suíço chamado Paul Kouchakoff que foi o primeiro a demonstrar, nos anos 30, que se você tiver uma dieta que seja mais de 51% de comida cozida seu corpo reage como se estivesse sendo invadido por organismos estranhos. Mas se 51% de sua refeição for crua, você não teria nenhuma leucocitose. Ou seja, não teria nenhuma reação de células brancas. Por isso é bom nos assegurarmos de não estar sobrecarregando nosso sistema imunológico.
Os antioxidantes dos vegetais crus neutralizam os radicais livres que provocam a degeneração e a morte das células.

0d4300_6f6e7c0af35248f099dd5789e8e173c5Germinando grãos e sementes
Germinados e brotos de grãos e sementes são personagens bem presentes na alimentação viva. Uma vez que um grão ou semente (crus e saudáveis) são colocados na água, inicia-se o processo de liberação de todas as substâncias que irão sustentar a germinação e o desabrochar das informações genéticas de perpetuação daquele ser vegetal. No início do crescimento, as plantas são extremamente ricas em substâncias que reforçam a vitalidade das nossas células e permitem a regeneração constante (vitaminas, minerais, oligoelementos, aminoácidos, enzimas, hormônios vegetais, etc…).
Germinar sementes é muito simples. Basta água e ar. Você vai precisar de utensilios que podem facilitar o manuseio. Um pote de vidro, um pedaço de filó para tampar a boca do pote e um elástico para prender o filó.
Pode-se germinar qualquer tipo de grão e semente. Quanto mais natural a água, melhor.
1. Lave bem a semente com água potável.
2. Coloque a semente de molho em água (da melhor qualidade) durante 8 horas.
3. Retire a semente da água e deixe em local arejado durante mais 8 horas.
4. Após as 16h do inicio do processo já dará pra ver o ”narizinho” da semente. Está pronta para consumo.
Cada semente tem sua caracteristica. Algumas demoram mais de 8 horas pra germinar (no caso do Grão de bico), outras germinam ainda de molho em água (no caso da Quinoa e do Girassol). A Chia e a Linhaça não desenvolvem o embrião, ”narizinho”, elas produzem uma espécie de baba, muito usado para dar liga em pães e bolos e fazer geleias, gelatinas e mousses vivas.
Sementes indicadas para germinar: Lentilha, Grão de Bico, Centeio, Aveia, Feno Grego, Trigo, Feijão Azuki, Quinoa, Niger, Painso, Amaranto, Couza, Senha, Alpiste, Gergelim, Alfafa, Amendoa, Avelã, Nozes, Girassol (com e sem casca), Mostarda.
Embora os germinados sejam um alimento muito utilizado na alimentação viva pelo seu poder vital despertado, os alimentos mais assimiláveis por nossos corpinhos ainda são as frutas e vegetais da época, crus, organicos, frescos e maduros. Por isso é importante essa ser a base da nossa alimentação.

0d4300_69393883473749cea2f8ea7b222c91c2Suco Verde
A ideia pode parecer moderninha, mas o conceito não tem nada de novo. Ann Wigmore, precursora da Alimentação Viva, já esperimentava usar brotos de grama para curar feridas de soldados, 50 anos atrás. Depois de testado e aprovado, a estudiosa começou a desenvolver uma dieta baseado em alimentos crus e clorofila.
A ingestão dos sucos constituem uma ótima estratégia nutricional na prática clínica para aumentar o consumo de nutrientes, substancias anti-oxidantes e bioativas que reduzem que reduzem os prejuizoz causados pelos radicais livres (os grandes responsáveis pelo envelhecimento e desenvolvimento de doenças degenerativas em longo prazo). Os sucos aceleram o processo de desintoxicação, alcalinização, vitalização e cura. Al;em de regular o intestino, auxiliando o emagracimento e reduzindo o inchaço.
Tomando suco verde todo dia, a pessoa vai aos poucos recuperando sua vitalidade, criatividade, equilibrio e lucidez. Não precisa ter pressa, basta ter ritmo.
Existem diversos tipos diferentes de suco verde. Os mais conhecidos são os sucos de luz do sol, pelo seu grande poder vital e energético agindo de forma rápida no corpo e os green smoothies, vitaminas verdes antioxidantes que podem ser tomadas durante o dia a qualquer momento.
Receita básica do suco de luz do sol
- 2 maças
- 1 punhado de grãos germinados (girassol ou amendoas ficam ótimos)
- folhas verdes (couve, chuchu, cenoura, beterraba, caruru, transagem, ora-pró-nobis)
É só bater tudo no liquidificador (sem água) usando uma hortaliça para empurrar a massa em direção a hélice (pode ser cenoura, pepino, chuchu, abobrinha) e coar em um coador de tecido voil, espremendo bem a massa. Alguns poetizam esse ato como se estivessemos ordenhando o leite da terra. S2
Recomenda-se tomar em jejum e só ingerir alguma coisa a partir 30 minutos após ter tomado o suco.

Coar ou não coar?
Existe muita polêmica sobre o ato de coar ou não o suco verde.A diferença está no tipo de suco e o resultado esperado por ele no seu organismo.
O suco vivo (ou suco de luz do sol) é aquele suco verde coado que tem como base maçã, folhas verdes e grãos germinados.
O objetivo de coa-lo é facilitar a absorção e biodisponibilidade de nutrientes. O suco lisinho, sem as fibras, entra em contato com nossa corrente sanguínea em cerca de 20 minutos após a ingestão. Para ganho de energia e desintoxicação do organismo isso é excelente logo pela manhã. Lembrando que é um suco energético também pelo elevado Índice glicêmico. A desvantagem é que ele estraga muito mais rápido e por isso deve ser bebido o quanto antes (de preferencia em jejum) e pode deixar alguns nutrientes para trás junto com as fibras (que regulam as funções intestinais), mas a essência nutricional é passada para o liquido.
O suco verde sem coar, os saborosos green smoothies (vitaminas verdes), são ideais para o dia dia. Além de dar um grande suporte nutricional e desintoxicante (embora mais lentamente), saciam a fome de uma forma deliciosa.
Coando ou não o mais importante é tomar sua dose de clorofila com frutas todos os dias.

Fonte:http://www.vivaacozinha.com/alimentacao/alimentacao-viva-2/



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015














Na contramão da sociedade contemporânea, homens e mulheres optam por uma vida mais simples. Eles garantem que são mais felizes. Conheça as histórias


Você pode ter passado a vida inteira, ou parte dela, ouvindo a expressão: tempo é dinheiro. Conhecido de perto um universo em que ter do “bom e do melhor” é sinônimo de uma vida sossegada. Também deve ter escutado, e acreditado, que comprar roupas, sapatos e supérfluos alivia o estresse, principalmente, das mulheres durante a tensão pré-menstrual (TPM). Que shopping é e será um dos melhores lazeres desta vida moderna. Agora, suponha que tudo isso virasse de cabeça para baixo. Em nome da simplicidade do ser, homens e mulheres, de idades diferentes, chacoalharam esses velhos conceitos cada vez mais impostos à sociedade e optaram, sem culpa e com leveza, por uma vida simples. Acreditam que precisam de pouco para se satisfazer e asseguram que o lucro com tudo isso não se vende nem se troca, e tem nome: felicidade.
Não se trata de um movimento, mas um fenômeno sem causa única e nenhuma regra. Essas pessoas estão, aos poucos, caminhando por conta própria em busca da simplicidade, sem fazer publicidade disso. Alguns mudaram de cidade, outros conseguiram isso morando em uma capital como Belo Horizonte. E não estão sós. A tal simplicidade já chama a atenção do mundo, já que grandes homens, que poderiam esbanjar mordomias, disseram “não” a elas e a tudo que elas remetem. O ex-guerrilheiro José Mujica, atual presidente do Uruguai, por exemplo, mora em uma casa deteriorada na periferia de Montevidéu, sem empregado nenhum. Seu aparato de segurança: dois policiais à paisana estacionados em uma rua de terra.
Outro que recebeu os olhares do planeta é o papa argentino Francisco, que despertou a simpatia dos católicos e até mesmo de quem não segue a religião, por quebrar protocolos da Igreja. Sabe-se que antes de chegar ao cargo mais alto da instituição, no dia 13, quando foi escolhido como papa, ele andava de metrô e ônibus por Buenos Aires e cozinhava a própria comida. Já como líder do catolicismo, ele dispensou o carro oficial ao celebrar uma missa e caminhou pelas ruas, aproximando-se mais do povo.

BONS EXEMPLOS
Mas não é preciso ir a Roma ou ao Uruguai para conhecer pessoas que apostam nesse modo de vida. O Bem Viver conheceu bons exemplos dessa vida simples. São guerreiros que nadam contra a maré em uma sociedade que, cada vez mais, valoriza o supérfluo como a garantia para ser feliz. “Hoje, o que predomina é o consumismo mais exacerbado, mas se há grupos buscando essa simplicidade é um sintoma de que essa exaustão das buscas frenéticas acaba não levando a lugar nenhum”, comenta o psicólogo, psicanalista e doutor em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Roberto Drawin.
Advogada Débora Paglioni de 23 anos, acredita que ser simples é postura que tem a ver com bem-estar e consciência

Certos de que há muito mais quando se tem menos, os entrevistados para esta reportagem servem como verdadeiras lições de vida. Maria Madalena Aguiar, de 66 anos, diz ser “feliz demais” em levar uma vida baseada na simplicidade e acredita, por exemplo, que está mais perto de Deus. Já Guilherme Moreira da Silva, de 56, mora em um sítio em Macacos, na Grande BH, e garante que “ser simples” traz a ele conforto, alegria, prazer e felicidade. A mesma sensação tem Priscila Maria Caliziorne Cruz, de 23, que ao optar por esse estilo de vida diz ter ampliado sua consciência, ficando mais inteira e presente na vida. “A simplicidade nos obriga a olhar para nós mesmos”, comenta o frei Jonas Nogueira da Costa, que desde menino se encantou pela vida de São Francisco de Assis e adotou a espiritualidade franciscana. Para a advogada Débora Paglioni, de 23 anos, ser simples vai muito além de ter dinheiro. “Tem a ver com bem-estar e consciência”, afirma.


SOMENTE O NECESSÁRIO
Carro, só ser for para locomoção. Telefone é para se comunicar, não precisa de touch screen nem aplicativos mirabolantes. Roupas ou sapatos novos somente quando forem de extrema necessidade, afinal, para quê mais? Comer bem não é ir a restaurante refinado, mas aquilo que é feito em casa. Ter uma vida simples passa por muitas dessas posturas, que não são regras.
Mas quem decide viver com o que é necessário nega o que hoje é tão valorizado, como a corrida disparada pelos melhores celulares, casa, carros e as mais belas joias. E acaba consciente de que o tempo e a energia investidos para a aquisição de coisas podem minguar as oportunidades de conviver com o outro, de buscar a espiritualidade, autoconhecimento e senso de comunidade. É como se essas pessoas se abrissem mais para o mundo ao seu redor e dissessem: “Desapeguei”. Talvez por isso, elas são serenas, sorridentes e leves, vivendo somente com o necessário, aquilo que para elas é essencial.




Esse desapego e vontade de viver somente com o que precisa não é algo que a humanidade conheceu hoje. O psicólogo, psicanalista e doutor em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Roberto Drawin destaca que esse comportamento é antigo e vem desde antes do cristianismo. “Vem de uma sabedoria grega. Não é só no sentido de não ter bens materiais, mas não transformá-los em uma tirania.” Ele conta que existia uma corrente da filosofia grega, o chamado estoicismo, que mostrava que o homem só atinge a felicidade se ele for livre, ao se livrar das dependências dos bens materiais. “Isso foi seguido tanto por um escravo quanto pelo imperador.”
De tanto desapegar desses bens, Guilherme Moreira da Silva, de 56 anos, é chamado de Mazzaropi pelos amigos, em alusão ao cineasta, ator de rádio, TV, de circo, cantor e diretor Amácio Mazzaropi, que, mesmo rico, foi conhecido como o gênio da simplicidade. Ele marcou a história do cinema nacional ao mostrar personagens simples e uma linguagem bem próxima do povo. Guilherme não optou pela arte. Desde menino, sofria de bronquite e a medicina não lhe dava esperança de cura. Por meio de uma vida que ele mesmo chama de alternativa, conseguiu se livrar da doença, desafiando até o diagnóstico médico.
Nascido e criado em Belo Horizonte, há 30 anos Guilherme se mudou para São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos, na Grande BH. Formado em arquitetura e especializado em paisagismo, ele morou na Espanha por um ano. Mas foi em Macacos, em um sítio em meio à natureza, que se encontrou. Por 15 anos, morou ali sem energia elétrica. Ele diz até hoje não comprar roupas e só usar aquelas que seus irmãos lhe dão. “Não atribuo grandes valores ao materialismo. Tenho uma caminhonete porque preciso dela para trabalhar.”
Guilherme hoje mexe com produtos naturais, vende pães integrais e come tudo o que planta. Onde mora não há internet. “A minha bronquite que me incomodava muito. Queria uma vida saudável. Esse modelo que adotei tem raízes profundas em querer sobreviver e gostar da vida. Chegou o momento em que o mais importante era a qualidade do ar que respirava , o contato com a terra e a comida que comia.”
Em uma casa de alvenaria sem luxos nem precariedade, Guilherme tem uma televisão, que de vez em quando é ligada. “A vida pode ser muito mais simples. A busca por ter tudo, trocar o velho pelo novo, traz desconforto. A sociedade nunca está satisfeita.” Para ele, a vida no campo traz essa simplicidade, alegria, conforto e prazer.

ESFORÇO
Professor do curso de ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas), Ricardo Ferreira Ribeiro diz que hoje as pessoas fazem um esforço danado para ter renda e, por outro lado, geram um estresse, acúmulo de trabalho e problemas de saúde. “A opção pela vida simples tem sido mais singela, há menos requinte, mas exige menos esforços.” Ele lembra que os hippies chegaram a optar por esse modo de vida, como crítica ao consumismo. “Esse modo de viver aproxima mais as pessoas, cria-se uma empatia.”
Para o frei Jonas Nogueira da Costa, de 37, viver com pouco se aprende ao estar perto daqueles que têm poucas condições financeiras. De família simples e católica, ele sempre participou das atividades da igreja de Três Rios, sua cidade natal, no interior do Rio de Janeiro, o que despertou sua vontade de ser padre. Em 1995, entrou para a Ordem dos Frades Menores, motivado pelo exemplo de São Francisco de Assis, que dedicou a vida à simplicidade e aos pobres. “A proposta de simplicidade, de viver como irmão e ter uma vida de oração são pilares que me encantaram”, diz. A simplicidade para Jonas é entendida como partilha. “Você não pode chegar a Deus com títulos acadêmicos, roupas e outros. Deus é simples.”
O frei conta que a principal mudança que sentiu na sua opção devida foi no conceito de posse. “As coisas que eram da minha família pertenciam a eles e a mim. Hoje, tenho o conceito do nosso.” Suas posses, segundo ele, são os livros. Não se importa com roupas e compra só o necessário. “A simplicidade tem o campo prático e político. No primeiro, é o contato com as pessoas mais simples e afetos com as plantas e animais. No segundo, é a denúncia do consumismo que gera frustrações.”
Ele ensina que a vida simples permite o contato consigo mesmo. “Nos obriga a olhar para nós mesmos e ao nos depararmos com o ser humano que somos nos libertamos das grandes tentações do consumismo.” O grande ganho para o frei é a felicidade como comunhão, prazer nas pequenas coisas , estar bem consigo mesmo. “Temos que fazer o que gostamos. A minha opção me faz bem, humano e feliz.”
Para o frei, quem segue a vida baseada na simplicidade, independentemente da religião, tem que aprender a escutar os pobres materialmente e socialmente. “Eles são os nossos mestres. Há muita coisa que dissemos que são fundamentais para nós, e vemos que outras pessoas conseguem viver sem aquilo. Às vezes temos tudo e não abrimos mão de nada, e esse pobre consegue sorrir e falar de Deus. Por trás disso, há uma sabedoria. Não há uma receita pronta para essa vida simples. Cada um tem que fazer a própria síntese”, aconselha.

Estilo de vidas
Existe um movimento chamado simplicidade voluntária, que é um estilo de vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com o “quanto mais melhor”, em termos de riqueza e consumo. Seus adeptos escolhem uma vida simples por diferentes razões, que podem estar ligadas a espiritualidade, saúde, qualidade de vida e do tempo passado com família e amigos, redução do estresse, preservação do meio ambiente, justiça social ou anticonsumismo. Algumas pessoas agem conscientemente para reduzir as suas necessidades de comprar serviços e bens, e, por extensão, reduzir também a necessidade de vender o seu tempo. Alguns usarão as horas a mais para ajudar os seus familiares ou a sociedade, ou sendo voluntário em alguma atividade.
Compra consciente
Mudar os hábitos de consumo e só adquirir produtos de que realmente precisa é uma opção de vida de quem busca ser mais saudável
Não é preciso sair da capital ou se dedicar integralmente ao sacerdócio para ter uma vida simples. Essa opção de vida, apesar de a luta ser ainda maior, é bem possível na cidade grande, mesmo com as tentações do consumo e seus exageros bem próximos. A simplicidade, muitas vezes, está na essência da alma e em atitudes conscientes, e não é preciso radicalismo para chegar até ela. O professor do curso de ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas) Ricardo Ferreira Ribeiro diz que essa opção de vida pode ser uma certa crítica aos valores ligados à ostentação e ao padrão de vida de pessoas que não conseguem abrir mão dos bens materiais. “A gente acaba consumindo muitas coisas, para quê? Qual a finalidade desse bem que se adquire?”, provoca.
Foram essas as perguntas que motivaram a psicóloga Marina Paula Silva Viana, de 28 anos, a enfrentar um desafio: um ano sem compras. De junho de 2011 até junho de 2012, ela não comprou nada de supérfluo e criou um blog na internet relatando sua experiência durante esse período. A página levou o nome do desafio, Um Ano sem Compras. Mineira de Belo Horizonte, a jovem mora desde 2008 em Curitiba e achava que a proposta seria difícil. “O mais complicado é conter o primeiro impulso. Mas vi que isso é bem possível.” O dinheiro que usava para comprar roupas, bolsas, calçados e cosméticos foi gasto em lazer. “Sempre gostei dessa opção de vida, e queria fazer essa experiência. Você percebe que tem outras prioridades na vida. Passei a fazer mais programas ao ar livre, a aproveitar atividades intelectualizadas. Quando estamos imersos no consumo, deixamos o que nos dá prazer em segundo plano. Passada essa experiência, hoje compro bem menos e me foquei no que é essencial para mim.”
Como psicóloga, Marina conta que muitos pacientes trazem para o consultório frustrações vindas do consumo. “As pessoas estão consumindo mais. E isso acaba tendo uma função psicológica. Ela acabam acreditando que a personalidade está ligada ao que consomem.” Formada em teatro, produtora do curso de educação gaia em BH e estudante de letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Priscila Maria Caliziorne Cruz, de 23, diz que a vida simples vem dos pilares que recebeu em casa e das suas buscas e anseios. “São escolhas diárias. Encontrei em BH, no meio urbano, uma alternativa mais simples para viver.”
Ela conta que o segredo dessa opção está na consciência do que se busca. “Sabemos que ter um telefone é importante para atender a necessidade. Mas nem sempre essa necessidade por um produto acompanha moda e o que está no mercado.” Há 10 anos, a jovem não entra em shopping, pois, segundo ela, é um ambiente que a incomoda, principalmente pelo objetivo daqueles que estão ali e os tipos de relações estabelecidas. “Participo de um encontro anual de trocas de roupas. Para a minha alimentação, participo de redes de agricultura urbana, que são alimentos produzidos na cidade. Compramos diretamente dos produtores, sai mais barato e não acumula tanto valores.”
A maior preocupação de Priscila é com o meio ambiente. Ela procura ter atitudes sustentáveis, como reciclagem de lixo, usar carona ou transporte público. “Essa opção de vida me faz sentir em harmonia comigo mesma. Quando fiz essa escolha, é como se tivesse responsabilidade com as pessoas ao meu redor.” Ela diz que o encontro com esse modo de vida foi motivado por uma busca de vida saudável, da saúde do corpo e da mente . “Nunca fiz escolhas motivada pelo financeiro.”

BENS MATERIAIS
Por mais que as quatro filhas insistam, Maria Madalena Aguiar, de 66 anos, fica bons anos sem comprar roupas. Prefere consertar as que tem e não se importa com a idade delas. Um vestido e um tamanco já estão de bom tamanho. Mesmo morando na capital, a essência, adquirida na infância, na roça e durante os três anos que morou em um convento em São Paulo, ela mantém intacta e com orgulho. Diz já ter conhecido muitas pessoas que ostentam bens materiais. “É de dar dó”, comenta.
Certo dia, uma de suas filhas a chamou para sair. Ela logo pegou a bolsa de pano e disse estar pronta para acompanhá-la. A filha sugeriu que mudasse de roupa. “Você quer o que visto ou a minha companhia?”, respondeu Madalena. Apaixonada pelas poesias que cria, ela conta que prefere andar de ônibus ou a pé a ir de carro. “Temos pernas é para andar.” Compras com ela, só o essencial. O seu lazer é mexer na terra, com as plantas e aprender com elas. “A vida simples é uma sabedoria”, avisa. Para ela, ajudar o outro a ter um coração bom são as grandes riquezas do ser humano.
Madalena conta a lenda que lhe serve de inspiração. “Uma vez, um turista viajou para conhecer um grande sábio. Quando chegou, disse a ele que queria conhecer seus móveis. O sábio, muito tranquilo, mostrou que só tinha uma cama e uma cadeira e o convidou a entrar. O homem não aceitou, disse estar só de passagem. O sábio respondeu: ‘Eu também’.” Para essa senhora, a história aponta o que devemos pensar antes dos bens materiais serem nossos donos. “Caixão não tem gaveta. Estamos aqui só de passagem.” (LE)

Viver com o essencial
Este mês, o New York Times publicou um artigo sobre a vida de Graham Hill, que vive em um estúdio de 420 pés. Ele tem seis camisas, 10 tigelas rasas que usa para saladas e pratos principais. Não tem um único CD ou DVD. Era rico, tinha uma casa gigantesca e cheia de coisas – eletrônicos , carros e eletrodomésticos. “De uma certa forma, essas coisas acabaram me consumindo”, disse na entrevista. Em 1998, em Seattle, vendeu sua empresa de consultoria de internet, Sitewerks, por muito dinheiro e passou a comprar muito. Entre as compras, um Volvo preto turbinado. Mas tudo isso passou a incomodá-lo e a ficar sem graça. E ele decidiu viver somente com o essencial.


http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/04/homens-e-mulheres-que-optaram-por-uma-vida-simples.html




terça-feira, 3 de fevereiro de 2015











A DOENÇA É UM ESTADO ORGÂNICO RESULTANTE DA TRANSGRESSÃO ÀS LEIS NATURAIS

 




Para a Medicina Natural “a Doença é um dos dois estados que ocorrem em todos os seres vivos na natureza."  Esta definição não deixa de ser uma visão puramente linear e simplicista, porque a doença ocorre quando se altera a ordem natural e as leis da natureza. 

A doença não aparece espontaneamente, tem a sua origem em leis de causa efeito que regem a natureza.  Neste sentido, analisando a doença numa perspetiva mais profunda, não podemos encará-la duma forma negativa, antes pelo contrário. È uma reação positiva que nos alerta para uma mudança de atitude e para que possamos corrigir erros de conduta.

Não devemos ser ingénuos ao ponto de acreditar que a natureza tem os seus próprios erros.  A natureza é perfeita.  Somos nós que nos afastamos dela, e ela reage.  Os vírus, os micróbios, e pólen, etc… não fazem mais do que reativar um terreno (organismos), suscetível a agentes patológicos externos. 

Então podemos concluir o seguinte: "A doença é um estado do orgânico, resultante da transgressão às leis naturais". 

 "Para te tornares saudável faz o contrário do que fizeste para adoecer." 

 Aforismo Hipocrático


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