E uma das ferramentas de que dispomos para ter acesso à realidade interior, que tão fortemente influencia nossas ações, pensamentos e sentimentos, é o tarô. O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung foi o primeiro a descobrir no simbolismo do tarô uma correlação perfeita com os conteúdos inconscientes que existem em todo ser humano, independente de raça ou cultura, que ele denominou inconsciente coletivo.
O alvo principal do interesse de Jung era a relação entre esse grande inconsciente universal e a consciência individual do homem. Para o psiquiatra, o consciente e o inconsciente existem num estado profundo de interdependência recíproca e o bem estar de um é impossível sem o do outro.
Jung contribuiu para uma nova e mais significativa compreensão da natureza da consciência: a de que ela só pode ser renovada e ampliada, pela manutenção de suas linhas não-racionais de comunicação com o inconsciente coletivo.
Por esse motivo, o psiquiatra dava grande valor a todos os caminhos não-racionais ao longo dos quais o homem tentara, no passado, explorar o mistério da vida e estimular o seu conhecimento do universo que se expandia à sua volta, o que o levou a interessar-se pela astrologia e, principalmente, pelo tarô.
As forças instintivas que operam de modo autônomo nas profundezas da psique humana, chamadas por Jung de arquétipos, estão simbolicamente representadas nos Arcanos ou Trunfos desse baralho misterioso, que tem pelo menos seis séculos de existência, e que, segundo a lenda, surgiu em Fez, no Marrocos, algum tempo depois da destruição dos mistérios da Antiguidade e antes do início da Idade Média.
Ao consultar o tarô, trazemos à luz essas forças instintuais, o que nos permite compreender de que forma elas vêm influenciando nossas ações, e qual o melhor modo de agir para integrá-las ao nosso consciente. Quanto maior for a sintonia entre nossas ações conscientes e os conteúdos inconscientes de nossa psique, mais harmonia, equilíbrio e serenidade estarão presentes em nossa vida.
Elisabeth Cavalcante
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