A Alimentação Viva consiste em uma dieta vegetal, variada e viva.
Os alimentos crus são ricos em enzimas, os incassáveis trabalhadores que levam os nutrientes às nossas células acelerando o processo metabólico. Segundo a teoria crudívora, ao elevarmos a temperatura dos alimentos à 40°C, mais ou menos, destruimos as enzimas, dificultando o processo digestivo do corpo fazendo-nos gastar as nossas reservas. Há ainda muitos nutrientes que são facilmente reduzidos ou anulados quando expostos à alta temperatura.
De acordo com o nutrólogo Eric Slywitch da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), não existe nenhuma comprovação de que as enzimas dos alimentos ajudem na digestão.
Segundo o Dr. Edward Howell (um dos principais e o primeiro pesquisador das enzimas), a falta de enzimas na comida cozida é ainda uma das maiores razões do envelhecimento e morte precoce.
Para o jornalista investigativo Philip Day, quando você ingere a comida cozida, o sistema imunológico reage como se ela fosse uma toxina. O corpo atravessa um processo chamado leucocitose digestiva que começa a produzir ação das células brancas contra a comida cozida que você ingeriu. Presumidamente porque o processo de cozimento mudou a estrutura do alimento, de maneira que o corpo não pode reconhecer e passa a tratar a comida como toxina.
Não é uma coisa boa pro corpo fazer com a comida que você espera te alimentar.
Havia um médico suíço chamado Paul Kouchakoff que foi o primeiro a demonstrar, nos anos 30, que se você tiver uma dieta que seja mais de 51% de comida cozida seu corpo reage como se estivesse sendo invadido por organismos estranhos. Mas se 51% de sua refeição for crua, você não teria nenhuma leucocitose. Ou seja, não teria nenhuma reação de células brancas. Por isso é bom nos assegurarmos de não estar sobrecarregando nosso sistema imunológico.
Os antioxidantes dos vegetais crus neutralizam os radicais livres que provocam a degeneração e a morte das células.
Germinados e brotos de grãos e sementes são personagens bem presentes na alimentação viva. Uma vez que um grão ou semente (crus e saudáveis) são colocados na água, inicia-se o processo de liberação de todas as substâncias que irão sustentar a germinação e o desabrochar das informações genéticas de perpetuação daquele ser vegetal. No início do crescimento, as plantas são extremamente ricas em substâncias que reforçam a vitalidade das nossas células e permitem a regeneração constante (vitaminas, minerais, oligoelementos, aminoácidos, enzimas, hormônios vegetais, etc…).
Germinar sementes é muito simples. Basta água e ar. Você vai precisar de utensilios que podem facilitar o manuseio. Um pote de vidro, um pedaço de filó para tampar a boca do pote e um elástico para prender o filó.
Pode-se germinar qualquer tipo de grão e semente. Quanto mais natural a água, melhor.
1. Lave bem a semente com água potável.
2. Coloque a semente de molho em água (da melhor qualidade) durante 8 horas.
3. Retire a semente da água e deixe em local arejado durante mais 8 horas.
4. Após as 16h do inicio do processo já dará pra ver o ”narizinho” da semente. Está pronta para consumo.
Cada semente tem sua caracteristica. Algumas demoram mais de 8 horas pra germinar (no caso do Grão de bico), outras germinam ainda de molho em água (no caso da Quinoa e do Girassol). A Chia e a Linhaça não desenvolvem o embrião, ”narizinho”, elas produzem uma espécie de baba, muito usado para dar liga em pães e bolos e fazer geleias, gelatinas e mousses vivas.
Sementes indicadas para germinar: Lentilha, Grão de Bico, Centeio, Aveia, Feno Grego, Trigo, Feijão Azuki, Quinoa, Niger, Painso, Amaranto, Couza, Senha, Alpiste, Gergelim, Alfafa, Amendoa, Avelã, Nozes, Girassol (com e sem casca), Mostarda.
Embora os germinados sejam um alimento muito utilizado na alimentação viva pelo seu poder vital despertado, os alimentos mais assimiláveis por nossos corpinhos ainda são as frutas e vegetais da época, crus, organicos, frescos e maduros. Por isso é importante essa ser a base da nossa alimentação.
A ideia pode parecer moderninha, mas o conceito não tem nada de novo. Ann Wigmore, precursora da Alimentação Viva, já esperimentava usar brotos de grama para curar feridas de soldados, 50 anos atrás. Depois de testado e aprovado, a estudiosa começou a desenvolver uma dieta baseado em alimentos crus e clorofila.
A ingestão dos sucos constituem uma ótima estratégia nutricional na prática clínica para aumentar o consumo de nutrientes, substancias anti-oxidantes e bioativas que reduzem que reduzem os prejuizoz causados pelos radicais livres (os grandes responsáveis pelo envelhecimento e desenvolvimento de doenças degenerativas em longo prazo). Os sucos aceleram o processo de desintoxicação, alcalinização, vitalização e cura. Al;em de regular o intestino, auxiliando o emagracimento e reduzindo o inchaço.
Tomando suco verde todo dia, a pessoa vai aos poucos recuperando sua vitalidade, criatividade, equilibrio e lucidez. Não precisa ter pressa, basta ter ritmo.
Existem diversos tipos diferentes de suco verde. Os mais conhecidos são os sucos de luz do sol, pelo seu grande poder vital e energético agindo de forma rápida no corpo e os green smoothies, vitaminas verdes antioxidantes que podem ser tomadas durante o dia a qualquer momento.
Receita básica do suco de luz do sol
- 2 maças
- 1 punhado de grãos germinados (girassol ou amendoas ficam ótimos)
- folhas verdes (couve, chuchu, cenoura, beterraba, caruru, transagem, ora-pró-nobis)
É só bater tudo no liquidificador (sem água) usando uma hortaliça para empurrar a massa em direção a hélice (pode ser cenoura, pepino, chuchu, abobrinha) e coar em um coador de tecido voil, espremendo bem a massa. Alguns poetizam esse ato como se estivessemos ordenhando o leite da terra. S2
Recomenda-se tomar em jejum e só ingerir alguma coisa a partir 30 minutos após ter tomado o suco.
Coar ou não coar?
Existe muita polêmica sobre o ato de coar ou não o suco verde.A diferença está no tipo de suco e o resultado esperado por ele no seu organismo.
O suco vivo (ou suco de luz do sol) é aquele suco verde coado que tem como base maçã, folhas verdes e grãos germinados.
O objetivo de coa-lo é facilitar a absorção e biodisponibilidade de nutrientes. O suco lisinho, sem as fibras, entra em contato com nossa corrente sanguínea em cerca de 20 minutos após a ingestão. Para ganho de energia e desintoxicação do organismo isso é excelente logo pela manhã. Lembrando que é um suco energético também pelo elevado Índice glicêmico. A desvantagem é que ele estraga muito mais rápido e por isso deve ser bebido o quanto antes (de preferencia em jejum) e pode deixar alguns nutrientes para trás junto com as fibras (que regulam as funções intestinais), mas a essência nutricional é passada para o liquido.
O suco verde sem coar, os saborosos green smoothies (vitaminas verdes), são ideais para o dia dia. Além de dar um grande suporte nutricional e desintoxicante (embora mais lentamente), saciam a fome de uma forma deliciosa.
Coando ou não o mais importante é tomar sua dose de clorofila com frutas todos os dias.
Fonte:http://www.vivaacozinha.com/alimentacao/alimentacao-viva-2/
Nenhum comentário:
Postar um comentário