sábado, 27 de fevereiro de 2016

As 10 Plantas Mestras Professoras:





1 - CHACRONA 

(Psichotria viridis) e JAGUBE (Banisteria caapi) 



 A Chacrona e o Jagube estão no topo da classificação, de igual modo. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). São as plantas mestras professoras mais poderosas do xamanismo, da preparação de ambas nasce a Bebida Sagrada conhecida como Ayahuasca ou "Vinho das Almas". Plantas originárias da América do Sul, encontradas em toda a região amazônica. Utilizada para busca de auto-conhecimento e cura por pajés, xamãs e curandeiros. 


2 - PEYOTE

(Lophophora williamsii) 





O peyote é um cacto originário da América Central e é muito utilizado pelas tribos indígenas do México e dos Estados Unidos. A substância ativa encontrada é a mescalina. Esta planta é utilizada em rituais de cura e nos remete a experiências visionárias, é utilizada pela Igreja Nativa Americana em seus cultos sagrados. 


3 - WACHUMA 

(Trichocereus Pachanoi) 

O Wachuma ou San Pedro é um cacto originário da região dos Andes, Chile, Bolívia, Perú, Equador e Colômbia. Sua substância ativa é a mescalina. Planta utilizada para cura e experiências visionárias e adivinhatórias, onde o xamã é levado a ter a visão da cura do enfermo, o espírito da planta entra em contato com o xamã ensinando-o a expulsar a enfermidade. 


4 - IBOGA 


(Tabernanthe iboga) 

A Bebida Sagrada mais usada na África chama-se Bwitists, que é uma preparação da raíz do Iboga, planta mestra muito utilizada pelos pigmeus, tribo indígena africana. Sua substância ativa é o alcalóide ibogaína. Muito utilizado pelos xamãs africanos em sessões de cura. O Iboga estimula o sistema nervoso central e induz a experiências visionárias e a transes profundos. 


5 - DATURA 

(Datura wrightii e Datura stramonium) 

Existem diversos tipos de Datura, porém, as únicas que são realmente plantas mestras professoras são a Datura wrightii e a Datura stramonium. Planta originária do México e Estados Unidos, porém, a Datura stramonium é encontrada no Brasil. Sua subtância ativa é a scopolamina. É uma das plantas mestras mais perigosas, deve apenas ser ministradas por xamãs muito experiêntes. Experiências recreativas podem ser fatais. 


6 - JUREMA


(Mimosa hostilis) 

A Jurema, também conhecida como Jurema-preta, também é nome de uma Bebida Sagrada feita com a raiz da árvore do mesmo nome (Mimosa hostilis). Os pajés, sacerdotes tupis, também fazem outra Bebida Sagrada da jurema-branca (Mimosa verrucosa), para estimular sonhos afrodisíacos. É um tipo de Bebida Sagrada servida em reuniões especiais. Das raízes e raspas dos galhos, os feiticeiros e pajés, babalorixás, os mestres do catimbó, os pais-de-terreiro do candomblé de caboclo fazem uso abundante. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). É utiliza tradicionalmente para fins medicinais e religiosos. Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas, pois possui maior parte dos alcalóides psicoativos. 


7 - SOMA 

(Amanita muscaria) 

O nome SOMA provém dos Vedas, escrituras sagradas da Índia, que nos relata que esta seria a Bebida Sagrada mais antiga da humanidade. SOMA é a Bebida Sagrada preparada com o cogumelo Amanita muscaria. Sacramentado até os dias de hoje na Índia, Sibéria e Austrália, por tribos aborígenes. A substância ativa do SOMA é o alcalóide ephedrina, que nos remete a transes extâticos profundos, conhecido como samadi em sânskrito.
 

8 - LÓTUS AZUL


 (Nymphaea caerulea) 




Esta planta mestra é originária no Egito antigo, assim como também é encontrada na América do Sul. A Bebida Sagrada é feita através das flores da planta. Suas substâncias ativas são os alcalóides nuciferina e apomorphina, que nos enduz a experiências visionárias. Desta planta também são realizados diversos preparos afrodisíacos. 


9 - SÁLVIA 


(Salvia Divinorum) 

Existem diversas espécies de Sálvia, porém, a única considerada como planta mestra professora é a Salvia Divinorum. Também conhecida como Maria Pastora pelas tribos indígenas mexicanas e Diviner's Sage pela tribos americanas. Sua substância ativa chama-se Salvinorin A. Planta que nos remete a experiências visionárias. 


10 - PARICÁ ou YOPO

 (Anadenanthera peregrina) 

Paricá é o extrato moído, rapé, do caule ou das sementes da árvore conhecida no Brasil como Angico. Planta originária da América do Sul, encontrada especialmente no Brasil. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). Muita utilizado pelas tribos indígenas em rituais de cura e em experiências adivinhatórias, onde o xamã ou pajé, é levado a ter a visão da cura do enfermo. Durante o ritual o xamã inala junto com o enfermo uma quantidade do rapé de paricá para entrarem no estado alterado de consciência, estado este que proporciona as experiências de cura. 





O TAO DA FAXINA: QUANDO O TRABALHO VIRA MEDITAÇÃO




Vida espiritual é assunto que só diz respeito a religiosos, certo? Não, errado. A espiritualidade está presente em todos os momentos da vida. Lavar a roupa, varrer o chão, cozinhar podem ser ótimos para o desenvolvimento interior

Por: Eduardo Araia
No Ocidente do tempo escasso e do materialismo opressivo, vida espiritual parece à primeira vista um assunto que só diz respeito a religiosos. Dedicar tempo à espiritualidade, pensam os leigos, é missão para algum momento no fim de semana, e com sacrifício – afinal, há prioridades como contas a pagar, obstáculos profissionais a vencer, cuidados com o lar, problemas com cônjuge e filhos...
Nada mais falso. A espiritualidade está presente em todos os momentos da vida. Basta abrir os olhos para descobri-la em nosso cotidiano, com todo o extraordinário potencial de desenvolvimento interior que ela nos traz.
Lave a roupa suja
Um exemplo poderoso disso é a narrativa da readaptação de um lama ocidental à sua terra, após três anos de retiro no Tibete. Segundo seu relato – mencionado no livro Depois do Êxtase, Lave a Roupa Suja, do psicólogo e monge budista Jack Kornfield –, nos cinco primeiros anos após o retorno ele penou para ligar-se à vida espiritual, pois em nosso dia a dia as pessoas "só têm sensibilidade para correr atrás das coisas". Para manter o que aprendera e equilibrar sua mente, o lama usava um recurso surpreendente em sua simplicidade: a limpeza.
"Em silêncio, eu cantava um mantra de compaixão a cada prato que lavava, a cada chão que esfregava", conta. "Fazia também uma prece para que todos os pisos e o coração de todos os seres à minha volta ficassem limpos, purificados e inocentes. O tempo parava como se eu fosse parte da terra que se purifica na primavera. (...) As tarefas físicas mais simples nos ensinam a ficar neste mundo de maneira sagrada."
À primeira vista, a ideia de lavar pratos para progredir espiritualmente parece uma grande tolice. Mas todas as tradições espirituais ressaltam a importância de sermos seres integrais – e como conseguiríamos isso ignorando o que pensamos e fazemos no cotidiano?
A busca da gratificação imediata
Conciliar espiritualidade e dia a dia não é tarefa simples em nenhum lugar do planeta. No Ocidente, o principal obstáculo é nossa cultura consumista, que impele as pessoas a buscar gratificação imediata e externa – a roupa da moda, o celular de última geração, o carro importado. Com isso, a espiritualidade fica em plano secundário, e a maior parte do tempo é vivida como se as crenças religiosas, morais ou éticas nem existissem.
Mas é impossível fugir do cotidiano. Atos como pagar contas, ir ao trabalho ou levar os filhos à escola também são espiritualmente importantes, e sem ter consciência disso não podemos evoluir. "Não dá para acertar num departamento da vida e continuar errando em outro", afirmou Gandhi. "A vida é um todo indivisível."
Para iniciar essa revisão do dia a dia, nada melhor do que a família. Existe lugar mais adequado do que o próprio lar para refinar a tolerância, o respeito e o despir-se de preconceitos e expectativas para ver a vida como ela é? "Se cuidarmos bem das relações com a família nesta vida, mais de 90% da nossa tarefa aqui terá sido cumprida", observa Martha Gallego Thomaz, dirigente do Grupo Noel, instituição espírita de São Paulo.
Outro item crucial é o dinheiro, energia de troca que funciona como um excelente professor – para o mal e para o bem – no caminho espiritual. A supervalorização que o Ocidente lhe atribui conduz à ganância, à avareza, ao medo da escassez. Em seu lado positivo, porém, o dinheiro serve para disseminar prosperidade, remunera o trabalho feito com amor e, como energia, nunca deve ficar estagnado.
Desenvolver a atenção plena
Entrar em contato com a espiritualidade no cotidiano exige desenvolver o que o budismo chama de atenção plena. De acordo com o escritor David Spangler, essa observação atenta e sem julgamento do que ocorre a cada instante nos leva a uma profunda consciência, que nos dá insights sobre o mundo e nós mesmos. A atenção plena nos permite reagir ao presente de modo mais espontâneo e livre.
Spangler exemplifica como a atenção plena pode transmutar as atividades do dia a dia:
Pagar as contas – Preocupações e medos a esse respeito cedem espaço para um confronto com o sistema de crenças ligado ao dinheiro. Analisar essas crenças sem julgá-las enfraquece a programação mental que governa essa área e permite à pessoa optar por formas mais efetivas de agir.
Ir ao supermercado – Em vez de simples necessidade de abastecimento do lar, essa atividade passa a ser encarada como o ponto final de uma vasta rede de distribuição que liga a produção de milhares de pessoas ao seu bairro. Comprar conscientemente é também admirar-se com a abundância de mercadorias e exercitar o discernimento – selecionando, por exemplo, produtos orgânicos ou que não agridam o meio ambiente.
Educar os filhos – A tendência a impor restrições constantes à criança cede espaço para a percepção de suas facetas positivas, como solucionar problemas aparentemente além de sua capacidade ou partilhar brinquedos com os colegas sem ser instruída a isso.
Descobrir a espiritualidade no dia a dia significa ter muito mais recursos para equilibrar-se e mudar o futuro pessoal. A vida seguirá com êxitos e fracassos, mas a mente aprende, sem entrar em desequilíbrio, a extrair lições de todas as situações. "Em tudo que uma pessoa faz é possível criar e manter um estado de ser que reflete nosso verdadeiro destino", observa Karlfried Graf von Dürckheim em Daily Life as Spiritual Exercise. "Quando essa possibilidade é posta em prática, o dia comum não é mais comum. Ele se torna uma aventura do espírito."


http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/105125/O-Tao-da-faxina-Quando-o-trabalho-vira-medita%C3%A7%C3%A3o.htm